Contou o tempo até o primeiro dia de férias e de repente ficou sem tempo. Logo nas primeiras horas de sua folga morreu o presidente da República e ele, como repórter conciensioso que era, largou o descanso e foi para a labuta. Depois veio a primeira semana e a festa de aniversário surpresa que se dispôs a preparar para o amigo que fazia 45 anos. Na segunda leva de sete dias de pernas para o ar surgiu o convite para um freela e, como não ia viajar mesmo, por que não? Só que na terceira semana teve a viagem não planejada, paralela ao trabalho extra, e que empurrou as tarefas para a quarta e última rodada antes de voltar ao emprego. Quando entrou na redação e avistou o editor, não se aguentou:

– Preciso de uns diazinhos de folga para descansar das férias.

Táscia Souza