No consultório do otorrino:
– É amor, doutor, eu sei. Meu peito se aperta como se eu estivesse me afogando e eu busco ar e não consigo encontrar. Me tira o fôlego! É como se, metaforicamente, a cada vez que o vejo, os músculos ao redor das minhas vias respiratórias se apertassem, reduzindo minha capacidade de respirar. Fico à mercê dessa opressão que me faz chiar, que me dá essa sensação de sufoco. O amor está me sufocando, doutor!
– Não é o amor, minha filha.
– Não?
– É a asma.
Táscia Souza