No final do congresso de medicina, os amigos se reuniram num bar. Um conta vantagem daqui, outro dali, até que o José falou:
– Quem precisou de remédio outro dia foi Drummond.
– O que tinha?
– Pedra.
Os companheiros riram, bêbados, com cara de sempre.
– Machado foi ao meu consultório semana passada.
– Coitado. Medicou o quê?
– Ressaca. Nos olhos.
Mal deram bola, mal menor.
– Outro dia prescrevi pro Rubem Fonseca.
– O que ele tinha? – perguntaram genericamente alguns.
– Mandrake.
Outro acordo dos entendedores.
– E outro dia, pro Quintana.
– Sério? O quê?
– Passarinho.
Concordaram os sábios de Hipócrates.
Gustavo Burla