Voltou do circo querendo ser palhaço, trapezista, malabarista, mágico e leão.
Chegou do cinema se sentindo herói que luta, cavalga, atira flechas e beija a mocinha.
Passeou pela universidade logo se sentindo professor, aluno e vigia, ao mesmo tempo.
Foi ao supermercado para querer ser caixa ou repositor.
Do dentista saiu com vontade de ser o dono da maquininha que faz barulho.
Na festa queria menos beber e comer do que ser garçom.
Do velório não viu saída.
Gustavo Burla