Acordou.
Levantou.
Foi ao banheiro.
Ainda sem proferir uma palavra sequer, lembrou de sua própria voz.
E foi inundada pelo medo: “E se minha voz não sair mais da minha boca? E se eu nunca mais puder falar?”.
O primeiro lamento que veio em sua mente foi: “Imagina não poder mais xingar em alto e bom tom??!?!”.
Mais do que depressa, lascou um sonoro “PUTA MERDA!”.
Gilze Bara
