Toda manhã ia cedo pra padaria fazer pão. Quando o dono chegava, o forno já estava assando. Ele abria a porta pra sair o cheiro e os clientes entrarem.
Naquela noite não conseguia pregar o olho, a filha estava no botequim. Sempre chegava cedo. 23h era cedo pra ela, não pra ele. Chegou pouco depois, com alguns goles a mais e vontade de conversar, volume elevado.
Mandou a moça de volta pro bar, precisava de silêncio pra dormir.
Gustavo Burla
