Gripe (quase) espanhola

Gripe (quase) espanhola

Peguei a gripe da Copa. Não desconheço que é uma epidemia que acomete a nação de quatro em quatro anos, com alternâncias sintomáticas entre as dores de garganta ao vibrar os gols (ainda que sejam escassos) e os incômodos no ouvido a cada bobagem falada pelo Galvão Bueno aos bem amigos da Rede Globo (os não tão amigos assim preferem a Band, a Sportv ou, quando não dá mesmo, aliviam-se com um cala boca, Galvão de perfurar os tímpanos). Mas não é a esse resfriadinho gostoso que me refiro, até bem-vindo para quem gostaria de ficar em casa assistindo ao futebol no lugar de ir trabalhar. Estou pensando mesmo é nas vuvuzelas que têm insistido em tocar no meu nariz a cada vez que sou obrigada a assoá-lo com um lenço de papel e no desânimo físico que abateu meu corpo depois de ver Kaká, Robinho e cia. (não) jogarem contra a Coreia do Norte. Será um vírus coreano ultra-autoritário que resolveu subjugar meu corpo ao seu terrorismo nuclear?

Não entendo nada de futebol, assim como não entendo nada de gripes. Sou capaz de confundir pneumonia com uma crise de sinusite e só sei quem atualmente veste a camisa 10 que outrora foi de Pelé porque o religioso rapaz é o mais bonitinho da seleção e ainda não fiquei cega, apesar de meus olhos também arderem pela constipação. Mas que há alguma enfermidade coletiva no ar isso há. Até a Fúria, coitada, saiu de campo acalmada (ou acamada?) pela septcemia aguda provocada pela defesa da Suíça. Nisso, realmente, parece que a gripe espanhola é mesmo pior que a minha, que, afinal de contas, pode não passar de uma crise alérgica à falta de craques… De qualquer forma, vou manter meu estoque de lenços de papel. Será que vendem pacotinhos verde-amarelos?

Táscia Souza

One Response

  1. Sei nada de futebol…, meu esporte favorito é correr até o nebulizador pra ver se marco um gol contra asma. Mas conheço uns chazinhos maus pra gripe. Se quiser gravei o jogo contra a Coreia, e se bem editado dá até pra aumentar o placar. Ou seria melhor deixar pra lá?