Utilidade imprevisível

Utilidade imprevisível

Que menino não tem fixação pelo pintinho? A preocupação em relação ao tamanho remonta ao berço e já começa na cabeça dos pais. Paulinho, ao contrário do grande irmão mais velho, aumentava de idade, mas não de tamanho. Todos se preocupavam também se cresceria a jeba, cuja particularidade ou peculiaridade era mostrada a todos, o garoto não conhecia pudores: tinha uma protuberância, uma gordurinha saliente no corpo do pênis.

Muitas simpatias, como medir o pinto na bananeira, muitas consultas com todos os tipos de especialistas, muito Biotônico batido com ovos de pata fizeram parte da infância e pré-juventude dele. O medo era a permanência da saliência lipídica, pois ela poderia impedir o desenvolvimento. No entanto, há coisas que não se pode forçar, precisam do seu tempo.

Com 14 anos, Paulinho esticou, cresceu, desenvolveu. Ficou bonito, interessante, forte. A pergunta de todos era com as partes baixas. Afinal, era visível que o corpo tinha se beneficiado. Mas e o pintinho? Seguiu semelhante caminho?

Pela quantidade de mulheres que caiam em seus braços, pernas, peito e membro, não existia mais aquele problema. Verdadeiramente, ele permaneceu e se tornou útil. Milagres da Mãe-Natureza! A gordurinha não se dissolveu, continuou no mesmo lugar. O roçar dela, a fricção desse apêndice durante sexo, era prazer na certa para a anatomia do corpo feminino.

Antes, os pais temiam com a falta, hoje, se assustam com o excesso. A vida é mesmo uma piada.

José Eduardo Brum

2 Responses

  1. É a mais pura verdade e por isso mesmo é tão engraçada!

    Retribuindo, com muito atraso, as inúmeras visitas ao meu. Juro que não foi má vontade, foi desatenção.