Eco

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Em economia, aprendeu que só existem duas possibilidades. Sim ou não. Certo ou errado. Claro ou escuro. Muito ou pouco. Tudo ou nada. Doente ou são.

Sentia-se tão restrito por não haver outros caminhos, como uma terceira via, quanto incomodado por, ao escolher, sempre necessitar abrir mão de algo.

Para isso, se propôs a apresentar uma teoria, destinada a quebrar este ceteris paribus do terror. Uma sociedade tão próspera e avançada não poderia se limitar.

Painéis, curvas elásticas, contas, comparações foram traçadas. Noites de insônia se consumaram. A vida social sacrificou-se. A mente brilhante só funcionava a fim de quebrar paradigmas.

Tempo se passou, sem quantificá-lo exatamente. Não atingiu nada, nem mesmo o equilíbrio. Certeza apenas de que qualquer decisão é pessoal.

José Eduardo Brum

One Response

  1. Eu nunca fui bom em ciências exatas, na verdade, nunca entendi muito bem. Outro dia mesmo eu estava pensando sobre isso. Talvez eu não goste porque para mim, nem sempre dois mais dois é igual a quatro. Não sei, nunca acreditei que existe apenas uma resposta correta ou uma forma de se conseguir uma resposta. Nós somos diferentes, cada um com seu tempo, sua bagagem, sua velocidade… Tudo é muito relativo. Acho que antes de se tentar encontrar uma fórmula, uma equação, uma teoria, a gente tem que acreditar e praticar isso. Se libertar. As pessoas se prendem muito nessa coisa de oito ou oitenta e se esquecem de que somos sempre atingidos de forma diferente.
    O que eu gosto nas ciências exatas é seu lado romântico de tentar racionalizar e assim explicar sentimentos, reações, dores, pensamentos… O problema é que nessas tentativas, muitos enlouquecem ou simplesmente não vivem.