para Fatinha
Chovia e ventava. Ela chegava no trabalho e nem dava bom dia. Também não tirava as roupas de frio.
Brisa com som e ela seguia de casaco e calça, encolhida, sem um bom dia porque detestava hipocrisia.
Ar parado e temperatura alta ainda no meio da manhã, ela mantinha as roupas no corpo e o bom dia em casa.
Mormaço. Idem.
Quando as paredes do prédio suaram, as pessoas derreteram e o mundo esperava o fim dos tempos, ela deu bom dia e estava doida pra comer um brigadeiro naquele dia perfeito.
Gustavo Burla
